ATA DA QUARTA SESSÃO SOLENE DA QUINTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA NONA LEGISLATURA, EM 14.04.1987.

 

Aos quatorze dias do mês de abril do ano de mil novecentos e oitenta e sete reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Quarta Sessão Solene da Quinta Sessão Legislativa Ordinária da Nona Legislatura. Às dezessete horas e quarenta e cinco minutos, constatada a existência de “quorum”, o Sr. Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão, destinada à entrega do título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Jornalista Danilo da Silva Ucha e convidou os Líderes de Bancada a conduzirem ao Plenário as autoridades e personalidades presentes. Compuseram a Mesa: Ver. Brochado da Rocha, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; Dr. Alceu Collares, Prefeito Municipal de Porto Alegre; Dep. José Antônio Daudt, da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul; Ver. Valdir Fraga, Secretário do Governo Municipal; Sr. José Pedro Conceição, representando, neste ato, o Jornalista Jayme Sirotsky, Presidente da RBS; Jorn. Antônio Firmo de Oliveira Gonzales, Presidente em exercício, da Associação Riograndense de Imprensa; Sr. César Rogério Valente, Presidente da Federasul; Ver. Frederico Barbosa, 2º Secretário da Câmara Municipal de Porto Alegre; Jorn. Danilo da Silva Ucha, homenageado. A seguir, o Sr. Presidente concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Ver. Rafael Santos, na condição de proponente da Sessão e em nome da Bancada do PDS e do Vereador independente Jorge Goularte, teceu comentários a respeito da figura do homenageado, fazendo um breve relato de sua escalada profissional. Falou de suas reportagens jornalistícas, dentro do Cone Sul, essencialmente informativas e sociais, destacando a atuação do jornalísta no episódio da Guerra das Malvinas. O Ver. Caio Lustosa, em nome da Bancada do PMDB, discorreu sobre a figura do homenageado, salientando a contribuição dada por S.Sa. para o desenvolvimento da cultura de Porto Alegre, com a cobertura de acontecimentos marcantes para o Cone Sul, tais como a Guerra das Malvinas. O Ver. Kenny Braga, em nome das Bancadas do PDT e do PSB, enalteceu a pessoa do homenageado, discorrendo sobre suas qualidades tanto jornalísticas quanto pessoais, comentando a criação, por S.Sa. do jornal “A Noite”, no qual são apresentados os artistas que animam a noite porto-alegrense. E o Ver. Antonio Hohlfeldt, em nome das Bancadas do PT, PC do B e PCB, declarou a justeza da presente homenagem, comentando o espírito combativo do Jorn. Danilo da Silva Ucha e falando das reportagens realizadas por S.Sa., especialmente no que se refere ao Cone Sul. Em continuidade, o Sr. Presidente concedeu a palavra ao Prefeito Alceu Collares que discorreu sobre a trajetória percorrida pelo homenageado na busca da realização de seus sonhos como jornalista e como pessoa humana. A seguir, o Sr. Presidente convidou o Prefeito Alceu Collares e o Ver. Rafael Santos para procederem à entrega, respectivamente, do Diploma e da Medalha de Cidadão de Porto Alegre ao Jornalista Danilo da Silva Ucha, em face do título concedido pelo Projeto de Lei do Legislativo n.º 54/86 (proc. n.º 1828/86). Após, o Sr. Presidente concedeu a palavra ao Jornalista Danilo da Silva Ucha, que agradeceu o título recebido. Em prosseguimento, o Sr. Presidente fez pronunciamento alusivo ao evento, convidou as autoridades e personalidades presentes a passarem à Sala da Presidência e levantou os trabalhos às dezoito horas e quarenta e cinco minutos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Ver. Brochado da Rocha e secretariados pelo Ver. Frederico Barbosa. Do que eu, Frederico Barbosa, 2º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada pelos Senhores Presidente e 1ª Secretária.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Brochado da Rocha): Havendo número legal, declaro abertos os trabalhos da presente Sessão Solene, destinada à entrega do título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Jornalista Danilo da Silva Ucha.

Solicito aos Srs. Líderes de Bancada que conduzam ao Plenário as autoridades e personalidades presentes. (Pausa.)

Convido a fazerem parte da Mesa: Dr. Alceu Collares, Prefeito Municipal de Porto Alegre; Dep. José Antônio Daut, da Assembléia Legislativa do RS; Ver. Valdir Fraga, Secretário da SGM; Sr. José Pedro Conceição, representando, neste ato, o Jornalista Jayme Sirotsky, Presidente da RBS; Jorn. Antônio Firmo de Oliveira Gonzales, Presidente, em exercício, da Associação Riograndense de Imprensa; Sr. César Rogério Valente, Presidente da Federasul.

A seguir, está com a palavra o Ver. Rafael Santos, que falará na condição de proponente da Sessão, em nome da Bancada do PDS e do Vereador independente Jorge Goularte.

 

O SR. RAFAEL SANTOS: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Srs. Convidados, o nosso homenageado de hoje não é apenas conhecido e querido  no meio jornalístico. Os Senhores observem, pelo número de convidados a esta Sessão Solene, que aqui estão pessoas dos mais diversos segmentos de nossa sociedade. Este fato demonstra que o Jornalista Danilo Ucha soube estender seu círculo de relacionamentos, motivo pelo qual hoje recebe desta Câmara de Vereadores o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre.

Ele não é natural desta Cidade, mas é gaúcho de Santana do Livramento. Veio para Porto Alegre em 1965 para estudar Arquitetura, mas, como sua capacidade jornalística já era nata, há três anos já trabalhava no jornal de sua terra natal. Para complementar suas atividades e vocações, desistiu da Faculdade de Arquitetura e ingressou na Faculdade de Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, cursando Jornalismo.

A partir de então, o Danilo Ucha progrediu nesta atividade básica das ciências humanas, que é a Comunicação Social. E sua capacidade de fazer amigos e ampliar conhecimentos o levou a trabalhar, inicialmente, na Rádio Farroupilha, quando esta emissora ainda pertencia aos Diários de Emissoras Associadas. Depois, seguindo sua trilha profissional, passou para o jornal “Folha da Tarde” e para a Rádio Guaíba, onde permaneceu durante cinco anos.

Como exímio profissional já conhecido no Estado, paralelamente escrevia para o jornal “Correio da Manhã”, da Cidade do Rio de Janeiro, sendo o repórter da sucursal de Porto Alegre.

Como o Danilo Ucha sempre esteve voltado para os diversos segmentos da nossa sociedade, colaborou com as revistas nacionais “Realidade” e “Veja”, escrevendo artigos e reportagens especiais. E ele não parou por aí. Saiu em busca de novos horizontes para o seu aperfeiçoamento profissional, ingressando no jornal “Zero Hora”, onde foi editor do setor de variedades e de polícia. Mas como o Ucha possui uma veia poética, observando os profissionais da noite, constatou que não havia divulgação destas atividades e criou a coluna “Noite” no jornal “Zero Hora”. Esta coluna é destinada a divulgar o movimento artístico da Capital, principalmente dos músicos e compositores que desempenham seu trabalho à noite. E dentro desta atividade, foi responsável pelo surgimento de vários cantores e músicos novos no cenário do Rio Grande do Sul. Conseqüentemente, passou a apoiar o movimento dos festivais de música que surgiram no Estado. Inclusive, foi jurado de vários deles. Podemos destacar o da Califórnia da Canção, a Seara da Canção e o da Vindima da Canção.

À medida que foi ampliando conhecimentos e travando novas amizades, o nosso homenageado foi ganhando espaço no meio jornalístico e artístico e, neste inter-relacionamento, passou a apoiar também os músicos urbanos e carnavalescos de Porto Alegre. Nesta nova etapa de sua vida, ele também foi jurado de festivais de músicas carnavalescas, organizado pelo Clube dos Compositores e pela Empresa Porto-Alegrense de Turismo - EPATUR.

 Como é fundamental na atividade jornalística que o profissional busque novos horizontes, o Danilo Ucha sempre soube escolher. Por isso, em 1974, foi trabalhar no jornal “O Estado de São Paulo”, na sucursal de Porto Alegre, onde esteve durante cinco anos. E foi neste período que se especializou nas coberturas jornalísticas internacionais do Cone Sul. Convém lembrar que mesmo trabalhando, agora já a nível internacional, ele nunca deixou de se preocupar com os artistas gaúchos, pois não interrompeu a sua coluna sobre a noite no jornal “Zero Hora”.

A partir de 1979, passou a trabalhar integralmente para o mesmo jornal, sendo até hoje o seu Repórter Especial. Dentre as inúmeras coberturas internacionais, esteve no Uruguai, Argentina, Paraguai, Venezuela, Estados Unidos e Alemanha, sempre com reportagens essencialmente informativas e de interesses sociais. Durante a Guerra das Malvinas, permaneceu 82 dias na Argentina, acompanhando a evolução do conflito para todos os veículos da Rede Brasil Sul de Comunicações. Como diversificar atividades é sua característica, ele decidiu publicar o livro “Diretas Lá”, sobre as eleições presidenciais uruguaias, em novembro de 1985. E foi como repórter especial que também acompanhou aquele pleito internacional. Mais recentemente prestou uma homenagem ao compositor Jessé Silva, escrevendo um livro sobre a vida e a obra deste violonista gaúcho.

O trabalho e o amor de Danilo Ucha por Porto Alegre e por sua gente embasa e justifica a homenagem que hoje lhe prestamos. Há muito que já era um Cidadão de Porto Alegre, faltava apenas o título que hoje a Câmara Municipal lhe entrega por justiça.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Brochado da Rocha): Com a palavra, o Ver. Caio Lustosa, que falará em nome do PMDB.

 

O SR. CAIO LUSTOSA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Srs. Convidados o Jornalista Danilo Ucha, certamente, neste instante de emoção em que a Bancada do PMDB, por meu intermédio, se associa à entrega tão justa do título de Cidadão de Porto Alegre ao amigo e profissional, certamente ele volta sua lembrança para a terra que o viu nascer, Santana do Livramento, a quem está, indissoluvelmente, preso. Terra que, no panorama do Rio Grande, na história deste Estado, tem um rol de personalidades e de feitos de uma história por vezes dura e porfiada, figuras como Rafael Cabeda, como Waldemar Ripol e tantas outras que marcaram indelevelmente as lutas políticas e a própria vida deste Estado. De Livramento, daquela fronteira extrema do Rio Grande, em íntima ligação com o Uruguai, quase que completando uma Pátria só, certamente Ucha de lá nos trouxe vivências e guarda recordações fundas e sentidas da exploração dos sofistas da Armour, do latifúndio até hoje indomável, enfim, de todo esse percurso que o trouxe até a cidade em que conseguiu, na dura lida do jornalismo, projetar-se e fazer-se admirado e estimado pela nossa Porto Alegre. Aqui, em dois campos (nas colunas diárias de seu jornal, abordando os lançamentos literários, e com isso levando de volta a sua terra e outros rincões deste Estado a informação sobre livros de ficção, sobre os ensaios, e, na coluna sobre a noite, trazendo aquela mensagem amena para seus leitores), nesse binômio de informação e de ilustração, ele contribui muito para a vida dos porto-alegrenses e dos cidadãos do Rio Grande. Mas é na reportagem, indiscutivelmente, que ele se projetou, perpassando mesmo as fronteiras deste Estado, como bem colocou o ilustre propositor desta homenagem, Ver. Rafael Santos. Trouxe em grau certo, sério e fluente os informes sobre acontecimentos marcantes dessa nossa sofrida América Latina. Mas este é um momento de alegria, Senhoras e Senhores. No entanto, como que uma homenagem talvez não protocolar, aproveitamos o ensejo para colocar aqui, atendendo, temos a certeza, uma reivindicação dos profissionais da música da noite porto-alegrense, que tão bem interpreta Danilo Ucha, no sentido de a Administração Municipal, num futuro bem próximo, eliminar a cobrança do ISSQN aos profissionais da música desta Cidade. Ainda no último fim de semana, tivemos a ocasião de constatar, num “show” de um profissional jovem, que, por acaso, hoje está aqui presente, que é Paulo Gaiger, a cobrança, a intimação para cobrança desses emolumentos que, infelizmente, não recaem nos hotéis de cinco estrelas, mas que pesam muito na bolsa dos profissionais da música e da noite de Porto Alegre.

Ficam, então, esta homenagem, que temos a certeza de que é acolhida também por Danilo Ucha, e esta reivindicação, que entendemos, temos a certeza, esta Casa e o Executivo Municipal breve haverão de atender.

Fica, então, em nome do PMDB, a nossa saudação a Danilo Ucha, certos de que os demais oradores, com o brilho que nós não trazemos, poderão colocar nos devidos termos a grandeza e a importância da outorga desse título de Cidadão de Porto Alegre ao velho santanense Danilo Ucha. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Brochado da Rocha): Com a palavra, o Ver. Kenny Braga, que falará em nome do PDT.

 

O SR. KENNY BRAGA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Srs. Convidados, a estruturação lógica de um discurso manda que ele não seja excessivamente longo, nem caia na tentação do adjetivo sonoro e pujante que lhe deixa parecido com essas árvores antigas nas quais já não aparece o tronco ocupado pelo viço dos parasitas. Entretanto, é muito difícil rejeitar o auxílio dos adjetivos quando temos diante de nós a presença insubstituível de um amigo. O amigo verdadeiro se parece com as árvores antigas, que nos dão a sombra e o fruto e que nos fazem mais protegidos nos dias de forte calor ou de chuva excessiva. Ele é tão importante, que Emerson não resistiu à comparação, dizendo que um amigo pode ser considerado a obra-prima da Natureza. Tendo ou não esta dimensão grandiosa vislumbrada pelo escritor norte-americano, até porque existem mais ricas do que esta, o amigo perfeito seria, justamente, a reprodução do comportamento, dos gestos e das atitudes do jornalista Danilo Ucha, homenageado, hoje, pela Câmara Municipal de Porto Alegre, por iniciativa do Ver. Rafael Santos, com o respaldo monolítico de todos os integrantes deste Plenário. A ocorrência da palavra amigo na abertura do meu discurso, que faço em nome da Bancada do PDT, estimulado, principalmente, pelo Líder Cleom Guatimozim e pelo colega Paulo Sant'Ana, que também teria grandes qualificações para traduzir o sentimento da Bancada, não é um simples adereço à forma de expressão protocolar. É o alicerce fundamental de uma convivência de quase trinta anos da qual sobram gratificações incontáveis, apesar de pequenas divergências e alguns desencontros, que atribuo, pura e simplesmente, às pressões do cotidiano, agravadas, terrivelmente, nos últimos tempos, por tantos apelos e solicitações.

Nascido na mesma cidade, Santana do Livramento, vivi, ao lado de Danilo Ucha e outros nomes que invoco comovidamente neste instante, como Elmar Bones da Costa e Glênio Pereira Lemos, os grandes desafios de nossa adolescência, balizada por idéias de justiça e de liberdade. Com ele atravessei caminhos de uma longa jornada, de grandes sonhos e de inenarráveis sacrifícios, desde a presidência da União Santanense de Estudantes Secundários, que o Ucha exerceu com muita dignidade, até os dias luminosos do curso de Jornalismo, em Porto Alegre, quando tivemos o apoio de grandes amigos, como o José Darcy da Costa Rodrigues, que para nossa alegria está aqui presente. E, no decorrer desses anos, completados com a nossa iniciação profissional e o desabrochar de uma carreira provavelmente bem sucedida, jamais notei, na conduta de Danilo Ucha, qualquer deslize que redundasse em prejuízo dos sonhos transformadores, que nasciam nas salas de aula do Colégio Estadual Professor Liberato Salzano Viera da Cunha e cresciam nas leituras inesquecíveis da Biblioteca Municipal de Santana do Livramento. O Danilo sempre foi, mesmo nas horas de irritação e desassossego, uma fonte permanente de ternura humana. O rosto, às vezes marcado por uma seriedade obstinada, não consegue esconder o manancial de afetividade e de silêncio compreensivo que habitam o seu coração dimensionado para a grande aventura de viver. O Danilo traz, no seu comportamento cotidiano, a herança preciosa de nossos grandes antepassados da região da Campanha, que fixaram as fronteiras meridionais da Pátria com a lança feroz das batalhas e, ao mesmo tempo, com mão voltada para a bonomia das lides campeiras. Quem chegar à sua casa, que é rigorosamente a extensão da sua personalidade, vai encontrar o chimarrão ritualizado da nossa história e a mesa repleta de uma solidariedade altiva, que antecede a sesta abençoada do umbu e do pelego. O seu valor está, exatamente, na indiferença para com esse mesmo valor. Jamais ouvi de sua boca referências autolaudatórias à excelência de suas grandes reportagens internacionais, principalmente no sul da América Latina, onde cobriu a derrota Argentina na Guerra das Malvinas e a penosa jornada da transição democrática na República Oriental do Uruguai. O Danilo Ucha faz o seu caminho andando e não precisa anunciar ostensivamente que está indo por aí. É a profissão exercida sem jactância, é o profissionalismo suavizado por uma simplicidade natural e sem mácula, como as águas dos córregos que povoam o espaço geográfico dos campos e matos de Santana do Livramento. Que outros se apresentem coloridos e bem falantes, como as araras amestradas dos quintais suburbanos! O Danilo Ucha não faz alarde do seu talento. O Danilo Ucha não ostenta sua disposição permanente para bem servir ao próximo e a sua comunidade. Faz da sua vida um exemplo da tranqüilidade vigilante com que atravessemos as noites memoráveis do jornal “A Platéia”, corrigindo os textos dos outros, ou elaborando os nossos textos, sob o olhar crítico e intraduzivelmente paternal do nosso grande mestre Toscano Barbosa. Faz de sua vida uma devoção permanente aos livros de ficção e de poesia, que descobrimos muito cedo e que comentamos, entre copos de vinho ou de graspa, nos restaurantes de Livramento e de Rivera, ao lado de inolvidáveis amigos, como o jornalista Luís Carlos Vares, de quem herdamos um pouco de humor corrosivo com que fulminava os falsos valores de uma sociedade velha e decadente. Faz da sua vida o primado do bem, da justiça e da competência sem alarde, ingredientes que, um dia, hão de restabelecer o organismo combalido do Brasil, elevando-o à condição de País livre, desenvolvido e autenticamente soberano. Por tudo isso, a entrega do título de Cidadão de Porto Alegre ao Danilo Ucha, nesta oportunidade, é uma grande honra para todos nós que integramos esta Casa, acima das legendas e das eventuais crises de relacionamento que nos separam. A Câmara se sente honrada por estar fazendo o que milhares de homens e mulheres simples desta Cidade gostariam de fazer, principalmente os músicos, intérpretes e compositores, que o Danilo Ucha valoriza e estima, há vários anos, com a sua coluna “Noite”, publicada em “Zero Hora”, e, agora, com o jornal dedicado a um dos temas de sua predileção, que ele mesmo fundou, para estar mais próximo ainda dos artistas da noite de Porto Alegre. É por demais evidente que o Danilo goza, no espaço generoso da noite, onde sua alma se delicia ao som dos violões, dos pandeiros e dos cavaquinhos, de um prestígio poucas vezes obtido por um jornalista na história da Cidade de Porto Alegre. E esse prestígio não reverte em nenhum tipo de benefício pessoal, a não ser a gratificante experiência de estar fazendo novos amigos e dando aos valores locais o espaço que lhe vai faltando, à míngua da compreensão de sua importância e de uma mentalidade menos comprometida com o sucesso imediato e o brilho fácil das grandes cartazes internacionais forjados a peso de dólares. Danilo Ucha sabe e compreende que uma cidade e um povo não pode abdicar dos seus valores artísticos e que não se cria uma Nação descaracterizando e depauperando a sua fisionomia cultural. Este é um dos traços mais fortes da sua atividade profissional e um dos tantos motivos de orgulho que justificam e aprofundam a nossa amizade e a nossa admiração pelo homenageado. Quanto a mim, escolhido pela Bancada do meu partido, o PDT, para falar nesta oportunidade, sinto-me extraordinariamente recompensado. Jamais poderia imaginar, naqueles dias agitados e criativos que antecederam o golpe militar de 64 e, posteriormente, nos dias de angústia, terror e solidão subseqüentes, que eu, na condição de Vereador de Porto Alegre, iria, um dia, saudar o novo cidadão desta Cidade, Danilo da Silva Ucha. Juntam-se, nesta cerimônia, revestida de esplêndido conteúdo humano, as linhas de dois destinos que, na verdade, nem o tempo, nem a distância separaram em 30 anos de convivência. Dois destinos comprometidos com a vida e com a dignidade de todos os seres humanos, embora diferentes nas suas reações e nos seus temperamentos diante dos fatos e das circunstâncias. Seria impossível, Danilo, não aludir à situação geográfica singular do chão onde nascemos, Santana do Livramento. Separada da vizinha cidade de Rivera por uma linha divisória imaginária, mal disfarçada pelos marcos de pedra que aparecem de longe em longe, elas têm os mesmos propósitos de amizade verdadeira, que são uma lição maravilhosa para este mundo crucificado por conflitos ideológicos e intolerâncias partidárias.

Viemos de muito longe para construir, cada um a sua maneira, vidas limpas, serenas e tranqüilas, que rejeitam a prepotência, que desprezam a corrupção e que continuam sonhando com um novo amanhecer, no qual todos os homens e mulheres se realizem a partir de um trabalho digno. Grande e inseparável amigo! Que a tua felicidade pessoal ao lado da Jaira e dos teus familiares e amigos seja tão alta e tão pura como as pandorgas que, na próxima sexta-feira, vão ornamentar os céus de Livramento. E que a projeção da tua felicidade no céu comum de nossa vida em sociedade nunca seja um estorvo para o nosso semelhante, mas um encantamento belo e fraterno, a reproduzir, tal como ocorre nos volteios das pandorgas, uma liberdade inegociável, sem a qual nós, gaúchos, seríamos indignos de nosso grande passado. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Brochado da Rocha): Com a palavra, o Ver. Antonio Hohlfeldt, que falará em nome do PT, do PCB e do PCdoB.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT:  Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Srs. componentes desta Mesa, minhas Senhoras e meus Senhores, especialmente meu prezado Danilo Ucha. Pediu-me o Ver. Lauro Hagemann que, senão pudesse estar de retorno a esta Casa, tendo em vista a sua ocupação profissional, que eu também falasse em seu nome. Teve que se ausentar por motivos de trabalho que, todos nós, jornalistas, conhecemos e não sabia se poderia voltar a tempo. Assim sendo, faço-o juntando o nome do Ver. Lauro Hagemann, da Ver.ª Jussara Cony e o meu próprio. Deveria, talvez, Danilo, ter pedido que o Kenny Braga falasse em nosso nome, mas ao depoimento, ao testemunho de tua vida passada a limpo, os oradores que me antecederam fizeram com que te emocionasses em determinados momentos. Vou ousar tentar aqui uma certa interpretação da tua figura a partir de alguém que, sem ter tido essa permanente convivência próxima contigo, tem, ao mesmo tempo, convivido profissionalmente, já que, de modo geral, começamos quase ao mesmo tempo em jornalismo, embora, evidentemente, não pretenda eu me comparar ao trabalho que vens desenvolvendo nesta Cidade. Começaria lembrando tua própria origem, esse cruzamento de português e espanhol presente no nome “Ucha” e que, de repente, nos faria supor um homem agitado, ligado nas coisas permanentemente e que pode nos surpreender quando vemos a figura do Danilo muito tranqüila, uma bonomia permanente, mas que, na verdade, me parece que esconde um borbulhar que é o todo dia da arte de Danilo. O Kenny citava, no final de seu discurso, a imagem que eu procurava nele: a da pandorga. Até porque um outro companheiro de imprensa, também de Livramento, Carlos Urbim, já fez um belo depoimento sobre as pandorgas de Livramento numa belíssima história dirigida às crianças. Parece-me que, dessa imagem da pandorga, das idéias ao vento, mais alto possível, tiro a imagem para interpretar a figura do companheiro Danilo Ucha. Tiro também outra imagem: a imagem da fronteira, a imagem do homem que está, simultaneamente, com o pé em dois mundos, pois, sem dúvida alguma, o Danilo, como símbolo, integra uma geração de jornalistas que vive, como viveu, simultaneamente em dois universos diferentes da experiência jornalística. De um lado, a imagem romântica, utópica, por vezes até não correspondente da nossa profissão, daquele jornalista que enfia as madrugadas, que gosta da boêmia, que convive com artistas. E aí temos o depoimento vivo do conjunto de amigos, de pessoas que acorrem hoje a esta Casa e de toda a sua participação, por exemplo, como era relembrado, inclusive pelo Ver. Rafael Santos, das suas iniciativas na valorização desta gente, da valorização deste artista da terra. É o jornalista romântico que, por exemplo, estando na Capital, não abandonou o seu jornalismo lá, no interior na cidade de origem, e continua escrevendo no jornal de Livramento e garantindo a publicação, inclusive, daquele jornal, porque aquele foi o lugar onde começou. É o jornalista romântico do tipo do correspondente que não tem medo de entrar nas fronteiras perigosas, de ir, por exemplo, numa Argentina desestabilizada, de enfrentar a difícil campanha uruguaia, de denunciar as situações por vezes contraditórias deste País que é o Brasil. É o jornalista - e aí o outro lado Ucha - desta fronteira, ao mesmo tempo jornalista competente, o jornalista que trouxe uma competência da vocação e do preparo profissional, o jornalista que ainda sabe fazer reportagem, porque, infelizmente, a reportagem é alguma coisa que anda desaparecendo do nosso jornalismo feito hoje de vinte linhas, de páginas diagramadas, e onde o diagramados nos dita o que devemos fazer e dificulta cada vez mais a expansão e o aprofundamento dos temas. O Ucha tem essa outra experiência: a do entrevistador e do repórter que busca a matéria, que busca a informação, que vai à fonte, que enfrenta todas as dificuldades possíveis para poder trazer até o leitor aquela informação, aquela interpretação, aquele dado que as poucas linhas não permitem. Parece-me, portanto, que não é de surpreender que, em certo momento, este outro lado do jornalista realista, altamente profissional, chegue à abordagem de temas polêmicos, e uma polêmica que abordamos há poucos dias, nesta Casa, realizando uma viagem e aceitando o enfrentamento de um tema difícil e pouco conhecido neste País, que é o tema do “lobby”, e publicando sobre o assunto um livro que é hoje, em português, bibliografia obrigatória. Tive a oportunidade de viajar, há dois anos, com o Ucha, até o sul da Bahia. Fomos viver a questão do jornalismo cultural a convite do jornalista Hélio Pólvora, também escritor. Naqueles dias, convivi com um outro Danilo Ucha, não um outro no sentido de negar os anteriores, mas um outro que se somou àquilo que eu já conhecia do Danilo: é o “gourmet”, o homem que sabe escolher a comida e a bebida com todo o cuidado, que passa um bom tempo sentado à mesa - não comendo - conversando e misturando essa conversa com a boa comida e a boa bebida. Tivemos, realmente, um convívio muito agradável naqueles dias, no Sul da Bahia, em meio ao cacau, em meio a escritores, em meio a conversas que me revelaram esse outro lado do Danilo, uma certa tranqüilidade de saber dosar o momento certo e que, me parece, não estava em contradição com nada do anterior que o Danilo revelara como profissional, como companheiro. Por tudo isso, Danilo, tenho certeza de que a homenagem que hoje esta Casa te presta, por iniciativa do Ver. Rafael Santos, é justa. E basta olharmos este Plenário, basta olharmos os vários segmentos sociais aqui representados para sabermos que a proposta corresponde a uma homenagem que se deveria prestar a ti. Portanto, Danilo, em meu nome pessoal, em nome da companheira Jussara Cony e em nome do Lauro Hagemann, queria trazer-te o nosso abraço e dizer que mesmo à distância eventual, por força do nosso trabalho, nos aproximando, às vezes, por um bilhete rápido, um telefonema rapidíssimo, tenho certeza de que tu ensinaste teus guris a soltar pandorga e que, portanto, nós teremos, daqui a algum tempo, outras pandorgas e outros senhores profissionais, na imprensa ou não, presentes nesta Cidade. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Brochado da Rocha): A seguir a Mesa oferece e concede a palavra ao Sr. Prefeito de Porto Alegre, Dr. Alceu Collares.

 

O SR. ALCEU COLLARES: Senhores que integram a Mesa, autoridades presentes, Senhoras, Senhores, lideranças partidárias, eu tenho já um monte de anos na vida legislativa a partir da Câmara Municipal e não assisti a nenhuma reunião tão profundamente sincera, tão profundamente honesta. Não é que as outras não sejam sinceras nem que não sejam honestas, mas nenhuma como esta se aprofundou tanto em manifestações de amizade, de fraternidade e de generosidade ao nosso querido Danilo Ucha, para quem vem de longe, para quem vem da fronteira, principalmente, nós, Ucha, que viemos de bombachas com os bolsos vazios, mas apenas cheios de esperanças, lutando desesperadamente, nos agarrando com as mãos, sangrando as unhas para ocupar um lugar num mundo tão grande, tão extraordinariamente grande como Porto Alegre. Quando a gente é pequena e está lá, no interior, fala em Porto Alegre parece Paris, talvez Londres, quem sabe Nova Iorque, tal a dimensão que a gente dá ao espírito, talvez incompreensível ainda, de quem é jovem e tem esperança na sua existência.

Posso dizer, Presidente Brochado, que nós ouvimos aqui manifestações que elevaram a Câmara Municipal no momento em que concede um título a um cidadão que, como tantos, vem de longe, vem de toda a parte buscar a concretização do seu destino em uma cidade grande. Perdidos aí pelo mundo quantos e quantos milhões de Danilos Ucha tentaram, também, realizar o que ele realizou. Felizmente, nós estamos presentes a homenagear um jornalista, um irmão, um amigo, um cidadão que conseguiu chegar aonde ele chegou e não perdeu a sua simplicidade, não perdeu a sua humildade. É o mesmo indivíduo, que quer ainda, certamente, dar, principalmente agora como Cidadão de Porto Alegre, muito mais do que o seu talento, mas, acima de tudo, a sua sinceridade para a Cidade nossa. Já tive esta sensação, Danilo, quando recebi o título de Cidadão de Porto Alegre, cidadão desta querida cidade que nos agasalha, que nos abraça, que nos ama, que fica conosco e que passa a integrar a existência nossa. Só posso dizer-lhe que sou um de seus admiradores pelo modo simples da sua existência, mas, acima de tudo, pela profunda sinceridade com que ele encara as coisas. Acho que todos nós, em toda parte, em qualquer tipo de atividade, sempre temos possibilidades de êxito quando tentamos embasados e fundamentados na sinceridade, na humildade. Até as flores, que são belas, que enfeitam a vida e a morte, nascem da simplicidade e assim permanecem. Digo-lhe que, graças a Deus, estamos vivenciando uma tarde linda na Câmara, a grande escola pública da nossa Capital e do País.

Parabéns ao novo cidadão! Parabéns ao Danilo! Parabéns à Câmara e parabéns a Porto Alegre! Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Brochado da Rocha): Solicitamos ao Sr. Prefeito Alceu Collares que proceda à entrega do diploma ao nosso homenageado Danilo Ucha.

 

(O Sr. Prefeito faz a entrega do diploma.)

(Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE (Brochado da Rocha): Convidamos o Ver. Rafael Santos, autor da proposição, a proceder è entrega da medalha correspondente.

 

(O Sr. Rafael Santos procede à entrega da medalha.)(Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE (Brochado da Rocha): A seguir, temos a honra de conceder a palavra ao nosso homenageado de hoje, Cidadão de Porto Alegre, Danilo Ucha.

 

O SR. DANILO UCHA: Exmo. Sr. Ver. Brochado da Rocha, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; Exmo Sr. Dr. Alceu Collares, mui digno Prefeito Municipal; Dep. José Antônio Daudt; Ver. Valdir Fraga; Sr. José Pedro Conceição, representante da RBS; Jornalista Antônio Firmo de Oliveira Gonzales, representante da Associação Riograndense de Imprensa; Sr. César Rogério Valente, Presidente da Federasul; Ver. Frederico Barbosa, 2º Secretário da Câmara Municipal de Porto Alegre; demais autoridades presentes; jornalistas, músicos, compositores; empresários, minha mãe, minha mulher, Vereadores que me antecederam na tribuna e que disseram alguma coisa que acho que não mereço!

Gostaria de dizer que, nos meus tempos de criança, a imaginação infantil tornava imensas as distâncias entre Porto Alegre e Santana do Livramento. Em nossas tropelias na fronteira, jamais pensávamos em abandonar a querência.

Mas veio a juventude e com ela a necessidade de optar. Foi, então, que arrumei as malas e vim para a capital iniciar os meus estudos de Jornalismo, profissão que escolhi no início dos anos 60, antes mesmo de ingressar na faculdade, e da qual vivo. Em questão de horas atravessei aquela distância que eu acreditava imensa, quase incomensurável na minha imaginação de menino da fronteira.

Em 1965, estava aqui, na cidade grande, sem saber exatamente o que esperava. Era uma época turbulenta, a pior das épocas para se escolher a profissão de Jornalista, pois tudo era suspeito aos donos do poder. Eram tempos de arbítrio e de terror aqueles em que eu escolhi a cidade grande para estudar Jornalismo. Tempos de amigos presos, de amigos exilados, de amigos torturados.

Desde o início, porém, eu amei Porto Alegre. Primeiro, um amor contido, tímido, receoso de não ser correspondido. Mas logo em seguida, tornou-se um amor público, aberto, à vista de todos. Comecei, também, a ser amado pela Cidade. Conheci os seus meandros, o seu povo, a gente que dá vida e alma a um aglomerado urbano.

Deixo por um momento a modéstia de lado e digo que, hoje, são poucos os porto-alegrenses tão intimamente ligados à Cidade como eu. De dia, quando a sociedade se agita nos seus afazeres; na noite, quando ouço as músicas de Lupicínio nos bares amigos com gente amiga. Sem esquecer a Livramento da fronteira, sem perder por ela o carinho e a ternura, sem deixar de ser um santanense, tornei-me um legítimo porto-alegrense, um amante de Porto Alegre, que me reconhece e aceita. E não foram um nem dois os convites para sair daqui em busca de centros maiores que recusei.

É preciso, também, lembrar os meios de comunicação nos quais tenho trabalhado. Se não fossem eles, especialmente “Zero Hora”, onde mantenho uma coluna exatamente há 13 anos, não poderia ter dado o apoio que dei aos aspectos artísticos e culturais da Cidade, o qual justifica o título que hoje recebo.

Por isso, tenho orgulho desse dia e da homenagem que a Cidade me presta através dos seus representantes. Sinceramente, do fundo de meu coração, não estou seguro de possuir as qualidades que me fazem merecedor desta honraria que hoje os Senhores me prestam por iniciativa do Ver. Rafael Santos.

Mas, se o título que agora recebo tem algo a ver com o carinho que tenho por Porto Alegre, então, realmente, eu sou digno dele. De fato, eu já era um cidadão porto-alegrense. Mas, agora, é a própria Cidade, por meio de seus representantes, que me confere legalmente esta honra.

Eu quero integralmente, pois, certamente, esta distinção que me acompanhará pelo resto dos meus dias deve ter algo a ver com meu trabalho, com a dedicação que tenho pela minha profissão e por meu empenho em buscar a humanidade maravilhosa que existe por trás do cimento armado, este modo de ser gentil, franco e leal, que caracteriza a nós todos, os porto-alegrenses.

Sim, porque agora, graças aos Senhores, posso igualmente usar a primeira pessoa do plural: nós, os porto-alegrenses. Como é bom e belo poder proclamar isto! Senhores, muito obrigado!

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Brochado da Rocha): Ouvidas as Lideranças e as vozes dos partidos com assento nesta Casa, ouvida a palavra do Sr. Prefeito de Porto Alegre e do nosso homenageado Danilo Ucha, hoje Cidadão de Porto Alegre, quero, na qualidade de Presidente da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, dizer ao Danilo que, fundamentalmente, esta cerimônia marca apenas um encontro, que sintetiza pela sua afeição, aquilo que deveríamos dizer ao nosso homenageado ao ser concedido o título a ele. De outra parte, quero dizer que Danilo Ucha sintetiza um pouco daquilo que cada um de nós gostaria de ser. Por isso, nós, de certa forma, oferecemos aquilo que vai no fundo de nossa alma com a nossa profunda admiração. Creio, Danilo, que o cidadão Danilo Ucha tem em si um pouco de cada um de nós. A seguir, agradeço a presença dos senhores aqui presentes, das autoridades que compõe a Mesa e, mais uma vez, reitero os nossos votos para que, cada vez mais, ele esteja junto da nossa Cidade e faça dela aquilo que nós sonhamos desde quando palmilhávamos estas ruas da nossa Cidade de Porto Alegre. Hoje, mais que um representante de Porto Alegre, Danilo Ucha é um Cidadão de Porto Alegre por honra e mérito. Muito obrigado.

Nada mais havendo a tratar, declaro encerrados os trabalhos da presente Sessão e convoco os Srs. Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental.

Estão levantados os trabalhos.

 

(Levanta-se a Sessão às 18h45min.)

 

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